'Eu gosto de viver. Já me senti ferozmente, desesperadamente, agudamente infeliz, dilacerada pelo sofrimento, mas através de tudo ainda sei, com absoluta certeza, que estar viva é sensacional.'

Agatha Christie.

sábado, 29 de maio de 2010

De Parajuru a Paracuru, o Bendito Ariacó.

Gente, eu juro que ia escrever um monte de coisa, especialmente sobre minha viagem fracassada - Graças e Louvores se dêem a Todo Momento -, sobre meu almoço repetitivo de Ariacó em Paracuru, sobre o abraço maravilhoso que o Roberto me deu depois da aula, ou sobre o fato de que eu peguei na bunda do Álefe ontem. Juro mesmo, mas sabe quando tem alguma coisa que desvia tanto a sua atenção que você não pode deixar de falar? Então.

Eu fuço alguns orkuts, pois retirei aquela putaria irritante e inútil de visitantes recentes e posso fuçar todo mundo sem que me descubram. E eu tava fuçando o orkut do Piruka e achei o blog dele, meu Deus.

Ok, vamos explicar. Piruka é o Thiago, meu vizinho do 801, tem uma família simpática, um monte de cachorros, é amigo do Rodrigo, meu Tyquim fofs, e do Conde, o falecido. A minha madrinha me falava nele às vezes, naquele tom baixo que a gente usa quando fofoca. Ele era estranho, segundo ela, destoava da família simpática e fofs do 801. Nossa, o pai dele é muito, muito foda. Quer dizer, legal. Ele e a mulher são do ECC, Encontro de Casais com Cristo, é uma coisa muito legal essa. Anh? Enfim. Eu nunca falei mais que cinco minutos com ele. Aliás, se falei, foi quando eu ainda ficava com o Tyquim, um dia, à noite, na beira da piscina, quando voltava do colégio por algum motivo escuso, devia ser aula. Bem, ele estava lá. Ele não é tão estranho quanto me diziam. Nada de encosto, essas coisas. Ele parecia ter medo de mim. HUAUHHUAUHAHU' Sei lá, sabe quando te olham estranho?, poizé.

Bom, e hoje eu vi o blog dele. É tipo o meu. De desabafo. E cara... Sabe quando você lê uma coisa e pensa 'porra, eu escrevi isso'? É, foi assim. E eu li todas as postagens, da primeira à ultima. Algumas não faziam sentido, mas outras eram minhas. Na igreja já sou uma piada, eu sempre faço 'partilhas', já falei isso mil vezes aqui. E às vezes eu faço porque eu preciso falar, ou porque ninguém mais quer falar ou porque... nem sei. Nunca penso que as minhas partilhas ajudam alguém além de mim, e talvez o Piruka não tenha consciência de que ele não está só desabafando. Ele está botando pra fora dele o que eu gostaria. Eu não sei o que é isso que eu sinto, se é depressão, saudade ou melancolia, mas eu sei que eu sinto aquilo que ele fala que sente também, eu sei, sei mesmo. Até a postagem do Hambúrguer que ele não sabia fritar me fez sorrir - mas sim, eu sei fritar hambúrguer. E a cada postagem, a cada frase, e a cada momento, eu via que alguém me entendia, por mais que nem fizesse ideia. Eu só senti isso de verdade com Álvares de Azevedo. Sério mesmo.

Hoje conversei muito com a Morgana, falei de tudo, de Pybore, de faculdade, de amor, de Pedro Matheus, de tudo, enfim. E eu vi que quando eu falo aqui que eu sinto falta de estudar no FB, que sinto falta de ter meus professores, ela me entende perfeitamente. Mesmo que não faça ideia do sentimento que eu sinto aqui, ela sabe que pode sentir um dia o que eu tô sentido. E isso me faz pensar que é muita exposição isso de escrever sobre o que se sente, que eu tenho mais leitores que seguidores, e isso é um FATO, e que muita gente puxa assunto comigo a partir de uma postagem minha. E é estranho como eu achava pequeno esse meu mundo, apesar de ser enorme pra mim, e que as outras pessoas estão vendo esse mundo e muitas vezes não entendem nada,

Ou entendem, o que é pior.


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Ela fala tudo o que tem que falar na maior cara de pau do mundo e te faz refletir todos os dias.

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