'Eu gosto de viver. Já me senti ferozmente, desesperadamente, agudamente infeliz, dilacerada pelo sofrimento, mas através de tudo ainda sei, com absoluta certeza, que estar viva é sensacional.'

Agatha Christie.

sábado, 10 de abril de 2010

Ouvindo 'Ice Age', de Pete Yorn.

Eu tava aqui, conversando com a Alice, a amiga mais diferente que eu já tive, e mais estranha, e mais inusitada. Ela tava me mandando criar juízo e eu perguntei: 'Quais os efeitos colaterais disso?'

Quais os efeitos de ser responsável? Ser responsável é responder tudo que o professor pergunta, é sempre chegar na hora certa, é ouvir mais que falar, é comer o que é saudável, é ouvir músicas sem palavrão, é ir à Igreja todo domingo, é tirar boas notas, é saber um pouco de tudo, é saber muito de uma coisa específica, é falar com todas as tribos, é não ter inimigos mortais, é saber dançar e cantar, é nunca esquecer os aniversários, é lembrar os nomes de quem você acabou de conhecer, é poder fazer promessas que você vai cumprir.

Mas eu já fiz tudo isso, oras. E os efeitos colaterais nem sempre são tão bons. Eu sei o quanto falavam mal de mim, SEI SIM, AH, SEI. Sei que me ridicularizavam por saber de tudo, por ser boazinha, por ajudar todo mundo o tempo todo.

Claro, nem sempre é assim, não há regra, só exceção. Um dos bilhetes mais lindos que eu recebi na vida foi um que a Mari me deu, dizendo o quanto ela era grata por eu cuidar dela. Até hoje eu guardo esse bilhete. E sempre tem alguém que pergunta 'por que você é tão gentil?'. O mais recente a perguntar foi o Boto. Foi lindo o contexto que ele perguntou, mas isso não vem ao caso.

Ontem eu fiz algo que eu não faço há muito tempo. Eu fui totalmente irresponsável e egoísta, fui inconsequente e maluca, não pensei duas vezes, posso até ter magoado algum cetácio por aí. E me diverti como quase nunca me divirto. Fui ao Happy Hour da Geologia encontrar um 'Lôro Réi' que conheço há muito tempo. Foi muito bom. Apesar de ter sido muito louco e de ele quase ter arrancado meu lábio inferior, claro. Tá roxo até agora, por sinal.

O problema foi quando caiu minha fixa. Eu tinha que voltar pra aula da Adriana, porra. Não podia deixar a Fernanda sozinha, coitada! E se a mulher pedisse o trabalho que nós não fizemos? Só que baixou uma luz divina e eu resolvi me olhar no espelho. Meu cabelo estava molhado - totalmente - de suor, meu colo estava mais vermelho que a minha blusa e minha boca estava um pouquinho inchada por causa daquele canibal. Me recompus na medida do possível e entrei quase agachada na sala. O Boto nem olhou na minha cara :$ Entrei me tremendo de vergonha e jurando nunca mais agarrar alguém tão feroz.

O Raul e a Fernanda foram me deixar em casa, não teve aula do Sandro, pra variar. A professora deu uma semana a mais de prazo pra entrega do trabalho. Eu estou conversando muito com o Caio César, muito bom isso. Quando a Mih veio a primeira vez, eu me afastei tanto dele, e agora foi o contrário. Ele é um bom amigo/primo/preto. E a Sâmia, cara, meu Deus, obrigada pela Sâmia. Amo muito esses dois, de verdade.
Tá tudo dando certo. E eu quase não pensei nele de novo. Acho que está passando. Não o amor, mas a fixação. Isso é bom. Claro que não tá passando por causa dos meus esquemas loucos, mas porque eu vi que não adianta. Eu prometi tanto que não ia me apaixonar, mas sei lá, não se controla isso. É foda.

É como diz aquela música que eu gosto tanto... 'eu prometi que nunca cantaria sobre o amor se ele não existe, mas querido... você é a única exceção.'

Não há regras, só exceções. E é isso que acaba tornando tudo tão... interessante.

2 comentários:

Tangerina disse...

COMO ASSIM ESSA MENINA TEM UMA VIDA TÃO AGITADA E AINDA TEM TEMPO DE CUIDAR DO OUTROS?

Dalila, tu já tem lugar no Céu, mulher.

Lila Rodrigues disse...

HUAHAUUHAHUUHHUAUHUHAHU'
ah, quem dera.

 

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