'Eu gosto de viver. Já me senti ferozmente, desesperadamente, agudamente infeliz, dilacerada pelo sofrimento, mas através de tudo ainda sei, com absoluta certeza, que estar viva é sensacional.'

Agatha Christie.

quarta-feira, 16 de março de 2011

21 de novembro de 2010.

Eu sempre, sempre, sempre vou achar essa postagem da Morg a mais linda de todas, por mais que todos os dias ela faça mais e mais postagens lindas. A do dia 21 de novembro do ano passado é minha preferida, pra sempre.

Então, eu tava aqui, lendo blogs alheios, inclusive esse, e ouvindo uma música do Ney Matogrosso (anh?) que nem dele é, mas ele canta, e de repente eu chorei. Sabe, eu não tô tão bem. Eu tava conversando ontem com o Conde e passou um amigo nosso e me perguntou 'tudo bem?' e eu disse 'tudo, amor', mas não tá, entende? Eu disse ao Conde que eu queria aprender a falar como ele 'não, não tá tudo bem', simplesmente porque não está.

Conversar com ele me anima, principalmente porque ele é muito desanimado, então eu sempre acabo me sentindo a pessoa mais feliz do mundo. E, mesmo quando eu não me sinto assim, ele entende meus momentos depressivos. É tão bom alguém que entende o que você sente, né? Acho que é como eu me sinto quando eu leio o blog da Morg. As palavras dela tocam a gente, é incrível. Parece que ela escreve o que eu estou pensando e sentindo.

Eu amo meu namorado, e ele é meu melhor amigo. Mas ouvindo o Ney, a música 'Poema', eu percebi que tô perdendo alguma coisa. Não sei o quê exatamente, mas é alguma coisa importante. Tem um eco no telefone quando a gente conversa, tem uma hesitação que não tinha, que nunca teve.  Ele me dá tanto carinho, tanto aconchego, mas. Mas. Ele não entende meus problemas, ele não os vive. Ele me apoia, mas não entende. Percebem a diferença? E eu sei que ele fica mal por mim, que ele choraria comigo se pudesse. Porque é isso que namorados fazem, bem como os amigos. Mas meus problemas não se resolvem, pelo menos não podem se resolver até o ano que vem. E tá ficando repetitivo. Eu fico até com vergonha de falar mais uma vez as mesmas coisas. É como se eu pecasse a mesma coisa todo dia e fosse me confessar todo dia com o mesmo padre. A gente começa a achar que tá enchendo o saco, sabe? E eu sei que tá.

Por isso é bom ter um amigo depressivo pra conversar às vezes. Ou ter um blog nostálgico pra ler. Assim eu não encho o saco dele, e ele pode falar dos problemas dele pra mim.

Ah, eu sinto falta do tempo que eu achava que ele tinha resolvido meus problemas. Não 'resolvido', mas amenizado. Porque ele tava lá, comigo. Ele ainda está, mas eu não sei se eu quero estar com ele, é muito pesado pra ele. Sabe, meu corpo já cansou de carregar meu coração; mas eu não quero cansar o Pedro também. Eu tenho tão pouco tempo com ele, não gosto de chorar, mas eu choro. E ele fica 'ah, chorona, calma, eu tô aqui'. Eu sei, amor. Eu sei.

Esse é o problema.

3 comentários:

Kerol Sousa disse...

tu acabou de fazer um texto nostalgico, porra eu tenho muita vontade de te conhecer, os meninos vivem falando de ti e tal, e a morg te chama de mae. espero que voce melhore.

Morg disse...

João "Johnny" Roberto disse...

Dalila, sabe que eu te amo demais, né, porra? ♥

 

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