'Eu gosto de viver. Já me senti ferozmente, desesperadamente, agudamente infeliz, dilacerada pelo sofrimento, mas através de tudo ainda sei, com absoluta certeza, que estar viva é sensacional.'

Agatha Christie.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Encontre o pecado na foto a seguir.


Então. Se você está lendo isso, já deve ter visto essa foto. Ela causou bastante polêmica, especialmente no meu Grupo de Oração. Todo mundo que me conhece sabe que eu sou católica, até porque faço até questão de falar isso. Nessa foto, por exemplo, como um dos meus amigos do grupo me fez notar posteriormente, estou usando um decenário no pulso que eu mesma fiz pra um retiro do meu grupo, por sinal. Como católica, eu não deixo de estar em oração em nenhum lugar que eu vou, mesmo que seja durante uma manifestação não-católica. Me orgulho de seguir a igreja que o próprio Cristo fundou.

Desde que eu comecei a frequentar meu grupo de oração, eu vi muitas pessoas dizendo que algumas pessoas que saem do grupo ou da igreja, saem dizendo que as pessoas são hipócritas. Que falam de coisas que não vivem. Que pregam coisas que não acreditam. E eu cheguei a ouvir sim  isso também. E isso sempre me entristeceu muito, como cristã e como amiga dessas pessoas.

Então, há um mês, explodiram manifestações dos mais diversos tipos na sociedade brasileira. E eu, que nunca me omiti politicamente também, participei de duas dessas manifestações. A foto que está aqui foi tirada no primeiro desses protestos. Eu cheguei à concentração mais ou menos 10h da manhã, e fiquei até 5h da tarde. Como vocês podem ver, é o horário não recomendado pelos médicos para se pegar sol. E como vocês podem analisar, eu já estava bronzeada quando tirei a foto.

Nunca havia participado de uma manifestação desse tipo, logo, não calculei bem coisas básicas como água. Passei o dia quase todo sem comer e já estava bem desidratada. Caminhei quase o equivalente a uma meia-maratona. Eu estava cansada, com raiva da covardia da polícia, sem água e morrendo de calor. Sem pensar muito, tirei a blusa que eu tava usando, pra tentar pegar mais vento, sei lá, e continuei caminhando com meus amiguinhos, que riram um pouco, mas continuaram andando comigo e conversando normalmente, até porque, os que não me viram ao vivo de biquíni, já devem ter visto alguma foto minha. Meu sutiã não era transparente, não era rendado, não era pequeno. Se eu estivesse com um top, não teria havido nenhum problema, claro, mas era um sutiã, mesmo que bem vestido - e bem caro, comprei na Scala, querido, sou phyna.

Durante uma ciranda linda, segue o link: http://www.youtube.com/watch?v=foINk3Q0Ew4 , que meus amigos lindos da música puxaram, um colega meu (o que fez esse vídeo, por coincidência) tirou uma foto minha, esta acima. Cá entre nós, eu saí um pitelzinho na foto. Além disso, artisticamente é uma belíssima foto sim, gostei mesmo e resolvi publicar no meu facebook como foto de perfil. Eu troco vez por outra mesmo, a foto não ia ficar ali tanto tempo assim. Muitas pessoas curtiram e tal, algumas piadinhas normais, outras pessoas nem se tocaram que era um sutiã (Sim. Existem pessoas lesadas no mundo), e por aí foi. Então uma amiga veio falar que levou um susto quando viu a foto porque só me conhecia como catequista, e não esperava ver uma foto minha 'sem roupa'. Eu falei que caso algum catequizando ou pai de um reclamasse, ou perguntasse, eu teria todo o prazer de narrar tudo isso que eu narrei acima. Ela entendeu,e  não se tocou mais no assunto.

Então um amigo meu veio conversar uns dois dias depois da publicação da foto. Eis que nesta ocasião eu soube da proporção da polêmica da foto. E, principalmente, de alguns comentários venenosos que estavam sendo ditos. Exemplo? 'Ah, se tiver calor na Jornada Mundial da Juventude, ela vai tirar a blusa na frente do Papa?'

Em nenhum momento disse que tava certa, agi por impulso, tanto quando tirei a blusa, como quando eu botei a foto no face pra todo mundo ver - não porque eu quisesse esconder, como tanta gente esconde quando faz algo errado, mas porque realmente não era necessário. Mas ninguém me deixou dizer isso, já foram me julgando, falando mal de mim ou 'me defendendo', como se a minha vida, ou as minhas decisões tivessem que ser comentadas em rodas de amigos, DOS MEUS AMIGOS, sem a minha presença. E eu fiquei realmente chateada com todo mundo que ao invés de falar isso na minha cara, que eu tava errada, ou que eu devia ter pensado melhor, ou que tinha se ofendido com a foto, ou que eu tava levando a imagem do grupo pra pessoas que talvez não levassem a igreja a sério, ou qualquer coisa... Preferiram sorrir pra mim como se nada estivesse acontecendo, ou virando discretamente a cara pra mim, como quando no dia que eu partilhei no grupo que eu não vivia a castidade e pedi pra que rezassem por mim.

Eu nunca escondi nada meu. Nem qualidades, que tenho muitas, nem defeitos, mancadas e pecados, que tenho mais ainda. E antes de tudo eu sempre estive aqui pra conversar sobre a minha vida. Poxa, eu tenho um blog que faço de diário, quer mais transparência que isso? E quando alguém, como os meus pastores no grupo, fazem algo que eu não acho certo, eu sou a primeira a falar, mandar um email, ligar, fazer qualquer coisa pra dizer, 'olha, não achei isso certo, me explica porque você fez isso'. E até agora eu tô esperando uma ligação que seja. Que medo é esse? Quando é que eu fui grosseira com alguém pra todo mundo achar que eu vou me emputecer se falar sobre isso? De todas as pessoas que eu achei que iam me julgar, as do meu Grupo foram as últimas. Eu sempre achei um porto seguro lá, e agora eu vi um monte de gente com pedras atrás das costas só esperando eu me virar pra jogarem em mim.

Eu quis falar nisso antes, mas não faz sentido eu chegar numa roda de amigos e perguntar 'E aí, o que vocês têm a dizer sobre a minha foto?' Vocês que estão lendo é que têm que chegar a mim e puxar minha orelha. Se fosse o caso, eu tiraria a porcaria da foto, mas ninguém se dignou nem a pedir isso. Essa indiferença disfarçada pra mim é muito mais ofensiva que qualquer foto de sutiã. Algumas pessoas tão vindo falar agora comigo, dizendo que 'tavam esperando a poeira baixar', mas sinceramente, eu acho que preferiria levar uma cacetada na hora do que ficar sofrendo um mês inteiro por causa disso, e mais ainda, pelo andar da carruagem; é como band-aid, tem que arrancar de uma vez pra doer menos. Fica a dica pra polêmicas posteriores.

O engraçado é que a gente tá na semana missionária na Igreja de Fátima, porque semana que vem já é a JMJ, e teoricamente era pra igreja estar cheia de jovens, os mesmos 200 que todo domingo vão aos grupos... E não vi nem doze jovens servindo de manhã na adoração, nem durante o terço à tarde, mas quando eu saí da missa das cinco, tinha um monte de gente conversando nas escadinhas da igreja esperando começar o Grupo. Desde as novenas de treze de maio eu escuto gente rindo de mim porque eu ando com as 'velhas carolas' da igreja. Mas, de verdade, a culpa não é minha se a maior parte da juventude da minha paróquia me envergonha tanto que eu prefiro servir com todo o amor e a alegria que Deus merece sozinha, ou com as velhinhas. Uma falha nossa é a característica delas: Servir constantemente e sem cessar a Deus.

A Juventude de Fátima muitas vezes se comporta como se fosse uma Comunidade Católica, se isolando dos acontecimentos da nossa paróquia, e fazendo da missa dominical às 19h apenas uma extensão do grupo, não se dignando sequer a aprender as músicas que tocam EM TODOS OS OUTROS HORÁRIOS DE MISSA NA IGREJA. E isso me inclui. Isso me envergonha muito mais que o meu sutiã. E acho que isso sim que devia ser comentado nas rodas de conversas dos jovens católicos de Fátima que dizem ter encontrado a Deus e julgam o próximo sem dar direito de resposta e não servem a Ele plenamente na própria paróquia por pura falta de interesse.

Pronto, podem voltar a atirar as pedrinhas, minhas feridas tão quase cicatrizadas, já podem abrir de novo.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Covardia mode on.

  • - EI, AGORA LEMBREI DE UMA PIADA HORRÍVEL DE HUMOR NEGRO!
    - Diga!
    - Xô compartilhar: O que é que cai em pé e corre deitado?
    - ... - péra - ... Um cadeirante?
    - Não.
    - O que?
    - Isabella Nardoni e João Hélio. ;x
    - kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    - kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, horrível, né? Não vou pro céu.
    - Tenho uma aqui... Sabe o que tem 50 pernas e não anda?
    - KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, 25 paraplégicos, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Absurrrrrrrrrdo.
    - ASUHSAUHAS... ACERTOUUUUUUUU!
    - Rééééééééééééééé! *________________*
    - Porra, Dalila, eu queria me sentir especial com essa... Vou ter que procurar outra.
    - ô ;~~ desculpa. Procura outra aí! =/
    - O que cai do céu e depois foge?
    - Vish... Pera... Pera. Ai. kkkkkkkkkkkkkkkkk... Pera... Ah, foda-se. kkkkkkk, ok, me pegou, o que é?
    - Você.

    Tem gente que não cansa de ser covarde.



sábado, 8 de junho de 2013

Eu não te amo mais.

Eu não te amo mais, acabou. Por isso não posso mais te ver. Porque se eu vir você, vou querer dançar, abraçar e beijar você. E como eu não te amo mais, não vai acontecer de novo. Aliás, foi só aquela vez. Porque você tava chorando, e eu não suporto ver você chorar. Senão não tinha te abraçado e dito que ia ficar tudo bem.

Eu tô com outra. Eu tô em outra. Ela é linda, e nunca fez nenhuma besteira, como você. Ela merece ser feliz, e eu também. E eu não te amo mais. Por isso eu finjo que ela é você quando eu faço uma piada. E faço com ela as coisas que você sempre me pediu e eu nunca fiz por comodismo... Viajo com ela e meus amigos, saio com ela pra beber, vou àquele barzinho que eu sei que você adora... Quem sabe você esteja lá. Não que eu queira te ver, eu só quero que você veja como eu sou mais feliz agora.

Eu quero machucar você. Do jeito que você me machucou. Mas toda vez que eu tento, você parece me amar mais, e isso é o que eu mais odeio em você. E quando vou à sua casa, eu tento desesperadamente me controlar quando você me abraça... E eu nunca consigo. Mas eu não te amo mais. Mesmo quando viajei pra outro país, e o primeiro presente que eu comprei foi pra você... Mesmo assim eu não te amo. A gente vai viajar junto, mas eu não amo você. Só tô usando a sua companhia... Bem, eu podia ir com a outra, mas... Não ia ser a mesma coisa aquele show sem você. Não porque eu ainda te ame, mas porque aquelas são as nossas músicas...

E eu sei que esse é o fim. Você devia tentar sair com outra pessoa também. Que nem naquela vez que você foi ao cinema com um 'amigo'. Duvido que tenha sido só um amigo. E odeio você por não admitir que você também já tá em outra. Porque eu queria que você ficasse ali me esperando pra sempre. Não porque eu te ame... Mas porque você me ama. Não ama? Não que eu queria o seu amor, é a última coisa que eu quero. Eu não te amo mais, lembra?

Eu sei que você vai encontrar outra pessoa, e vai beijá-lo e fazer amor com ele. Como eu beijo e faço amor com a outra agora. E ele vai te fazer feliz. Duvido que ele te faça mais feliz do que eu te faço. Te fiz, não sei... Mas ele vai. Não que você mereça ser feliz com outro. Você devia sofrer e chorar pra sempre, assim eu me sentiria melhor. Assim eu podia ir aí te ver, te abraçar e dizer que vai ficar tudo bem. Ia te levar outro chaveiro, outro alfajor, outro beijo. E você ia ficar bem de novo. E eu ia me sentir bem por isso.

A verdade é que a gente já deu tanto ponto final na nossa história, que já virou reticência... E eu gosto disso. Não vou terminar com a outra. Porque você tem que sofrer. Mas terminar com você... Não que eu não tenha terminado. Eu terminei, várias vezes, todos os dias eu termino com você. E posso terminar nosso relacionamento, mas por favor... Me ensina como se termina o amor.



quinta-feira, 28 de março de 2013

50 tons de raio-x

Era uma vez, uma pobre moçoila com escoliose. Eis que seu médico diz: 'Fazei um Raio X para sabermos se está tudo bem com a moçoila', mas a moçoila esquece que o raio x tem pré-senha, e quando se recorda, descobre que o prazo se encerra no dia seguinte. Aflita, ela vai rapidamente à clínica de imagens.

Chegando lá, ouve uma voz angelical chamando pelo seu nome. Quando se vira, se depara com o homem mais lindo da face da terra, que lhe dá um sorriso e diz: 'Vem comigo?' A moçoila sorri feito uma retardada e segue o rapaz, com a sensação de que iria para qualquer lugar que ele a chamasse. 

Chegando à sala de raios x, ele lhe diz: 'Tire a blusa, o sutiã e a calça...' Animada, a moçoila vê um brilho nos olhos do rapaz, que infelizmente diz, como que se desculpasse: '... e ponha essa bata...' 

A moçoila lhe dá seu mais belo sorriso e segue para o banheiro, pensando: 'Ainda bem que eu tô menstruada, meus peitos sempre incham nesse período.' Saindo da sala, o rapaz lhe olha da cabeça aos pés, a dirige para o aparelho e fala: 'Vou pegar na sua cintura, ok?' A moçoila ri e não se aguenta, falando: 'Pegue onde você quiser... erm... Precisar.' 

Ele lhe sorri novamente, tira um raio x e pede para a moçoila se virar para ele. Obediente, ela faz tudo que ele pede, conseguindo até uma pequena gargalhada depois de uma piada infame, que somente seria dada por um homem completamente apaixonado.

Tirado o último raio x, ele sai da sala, pedindo pra ela esperar. 'Posso me vestir?' Ele para, pensa um pouco e diz: 'Ainda não... Erm.. Pode ter saído borrado, sabe, é só ter um trabalho a mais e tal...'
Minutos parecem horas quando ele a deixa sozinha. Finalmente ele entra na sala e diz: 'Pronto, meu anjo, você está liberada. Hoje é quinta? Hm... Terça eu te entrego o exame.' E sai. A moçoila se veste, num misto de paixão avassaladora e solidão devastante, pois o tempo que eles passaram juntos foi ínfimo...


Eis a história da minha vida. Apaixonada por um desconhecido que eu jamais voltarei a ver e que eu sequer sei o nome...

 

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