'Eu gosto de viver. Já me senti ferozmente, desesperadamente, agudamente infeliz, dilacerada pelo sofrimento, mas através de tudo ainda sei, com absoluta certeza, que estar viva é sensacional.'

Agatha Christie.

domingo, 25 de setembro de 2011

I don't believe it's bad slittin' my throat... it's all I ever...

http://www.youtube.com/watch?v=R1aHXGGqCJQ

É isso.


'Trata-se de uma decepção diferente:
não penso obsessivamente,
não tenho vontade nenhuma de ligar nem de escrever cartas,
não tenho ódio nem vontade de chorar.
Em compensação também não tenho vontade de mais nada.'

Caio Fernando de Abreu.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Something.

Tá a maior moda no face colocar frasezinhas felizes - ou não - do Caio F. Abreu. Assim, nada contra, mas é que todo mundo colocando é foda. HAUHAUHAUHAUAH

Eu tô bem, sério. Descobri que era TPM da pior forma possível - menstruando. Enfim, estou bem. Agora eu tenho a Melissa. E o pessoal da sala dela, especialmente o Coelho e a Rebeca. E claro, o Esdras. DEUS, QUE MENINO LIIIINDO *____* Tá, chega de pedofilia na minha vida. Acho. Ah, se foder. Nunca se sabe, não vou mais dizer que 'nunca mais' e também não tô afim de fazer muitos planos.

Voltando à modinha do Caio F. Abreu... Eu achei um texto dele. Realmente bom. E parecido comigo.

“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.

Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.

Estranho é que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?

A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?

A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.

Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?

E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.

A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.

Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.” 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Isso vai passar.

Quando eu era mais nova - não que eu seja lá muito velha - eu tinha uma ideia de felicidade. Era tipo, crescer, fazer uma faculdade foda, ganhar na loteria e comprar uma casa foda, não precisar nunca mais trabalhar na vida e passar o resto dos meus dias fazendo faculdades, cuidando dos meus filhos, da minha casa foda e do meu marido.

Invernos, impérios, mistérios,
Lembranças, cobranças, vinganças,
Assim como a dor
Que fere o peito, isso vai passar
Também.

E toda vez que eu fico triste hoje eu lembro desse ideal que eu tinha de felicidade. Cara, eu quero realmente tudo isso ainda. Mas se isso tudo vai me fazer feliz já são outros quinhentos.

E todo medo, desespero e a alegria
E a tempestade, a falsidade, a calmaria
E os teus espinhos
E o frio que eu sinto,
Isso vai passar, também.

Eu penso em cada item da minha 'lista da felicidade'. Eu cresci, às vezes acho que até demais. Mas entra a parte da faculdade. Gastronomia é um curso lindo, mas não é pra mim. Eu tô coreografando um musical e eu tô tão feliz, e a cadeira que eu mais gostei foi opcional de teatro. Acho que isso só prova o que a minha mãe diz quando fala que eu deveria ter feito teatro. Mas sendo muito sincera, eu não iria ganhar dinheiro nem fodendo com teatro. E eu nunca acertei mais de dois números na loteria.

Saudades, vaidades, verdades,
Coragem, miragens e a imagem
No espelho,
Como a dor que fere o peito,
Isso vai passar,
Também.

Tinha uma casa na Jovita Feitosa que eu achava perfeita; ela tava até à venda, e eu cheguei a anotar o número pra ligar caso quisesse comprar. Mas eu nunca liguei. E ela foi vendida já, tão até reformando. Toda vez que eu passo lá eu sinto vontade de chorar e eu sei que é estúpido, mas dói pra caramba saber que ela foi a casa dos meus sonhos por mais de um ano e agora ela foi vendida por alguém que nem vai cuidar dela direito, porque eu cuidaria muito melhor.

E todo medo, desespero e a alegria
E a tempestade, a falsidade, a calmaria

E meus filhos... Dependem de um fator crucial de ter um pai pra fazê-los. E o pai que eu queria não tem certeza do que sente por mim. E isso dói mais que saber que eu tô num curso que me deprime, mais do que não ganhar na loteria, mais do que ter perdido uma casa que eu nunca tive. Porque ele era a única coisa da minha lista que realmente importava e a única que era real. E isso eu perdi também. Eu tô destruída como eu achei que nunca mais conseguiria ficar. E eu sei que eu tenho uma vida toda pela frente, que eu posso ainda ter tudo da minha lista, mas. Ainda tá doendo e eu não quero pensar em como eu vou ser feliz no futuro, porque meu presente tá uma merda muito fedida.

E os teus espinhos
E o frio que eu sinto,
Isso vai passar, também.

http://www.youtube.com/watch?v=q5Prm9-c_EY&feature=related

- Eu definitivamente tenho que parar de ouvir essas músicas que só me deprimem. Alguém quer beber comigo?

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Não consigo não me iludir.

Eu não sei ficar sozinha, sei lá. Só a ideia de ficar sozinha me assusta. Não tô falando só em término de namoro. Eu falo em amigos, família, todo o resto. Deve ser porque meu signo não gosta de mudanças e meu ascendente é bipolar. Deve ser.

Ai, como eu tô carente, tenho que sair dessa vida T.T

sábado, 30 de julho de 2011

Poxa.

A Morgana vai embora. Não consigo pensar, falar e escrever mais nada. Desculpem.

Odeio quando minha ficha cai.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Julie e Julia.

É, eu vi Julie e Julia depois de uns bons anos de um monte de gente enchendo meu saquinho pra ver esse filme. Eu não me lembro de ficar tão deprimida com um filme. MEU DEUS, A QUEM EU ESTOU ENGANADO?! EU NÃO SEI COZINHAR, POR QUE CARGAS D'ÁGUA EU AINDA TÔ ME MATRICULANDO EM GASTRONOMIA?! Ah, que se foda ser a primeira turma, que se lasque todo mundo. Eu odeio, odeio, odeio aquelas aulas. Eu gosto de comer, porcaria. DE COMER!!! Odeio, odeio tudo isso. Odeio mesmo. Odeio meus professores, todos eles, sem exceção. Tá, tem o Paulo. Mas até ele, porra. Sabe, quando eu encontro com ele, ele sempre fala 'Oi, Dalila, e aí?' E eu fico pensando 'Poxa, ele espera alguma coisa de mim.' Aliás, todo mundo espera. Eu tô doente, muito donte, e a culpa foi toda, toda minha, porque eu sou uma irresponsável que pensa que vai ganhar na loteria e não precisar trabalhar, mas porra, eu quase morri. A minha família toda deve tá pensando que eu sou uma puta que não para de trepar com o  namorado sem camisinha, e porra. Não é verdade. Mas eu nem quero falar sobre isso, porque acho que talvez alguém se dê ao trabalho de ler isso aqui além de mim e eu REALMENTE não tô a fim de falar nisso. E não, eu não tô grávida nem tive um aborto. No momento só tô com uns sangramentos e a médica disse que eu vou ficar bem. Eu espero sinceramente que sim, eu quero ter um filho um dia. Mas pra que? Eu nem sei o que eu quero da minha vida, poxa. Não sei o que eu tô fazendo na faculdade, fico adiando mandar meu currículo pra algum lugar e acho que vou passar a minha vida toda presa na porcaria de uma cozinha de alguma lanchonete que vai me explorar até eu perder toda a alegria de viver. Se é que eu já não perdi. Os amigos que eu fiz na faculdade estão cada vez mais afastados de mim, a pessoa que eu mais me identifico na faculdade foi mãe aos 17 anos e o meu maior amigo, o mais engraçado, o que mais me anima e mais amo, de todo coração... Meu namorado morre de ciúme. Nunca mais visitei o FB, morro de saudade do Átila, da Morg, da Teddy, do Cord, ah, Deus, o Zé. Até da Barbie. Merda, esqueci o nome dele de novo. Bem, agora ele parece mais o Kurt Cobain, tá gato, pena que é baixinho, mas isso NÃO VEM AO CASO. Eu devia ter feito jornalismo, devia ir pra congressos na Conchinchina e fazer um monte de amigos gays. Devia voltar à minha fase esotérica e refazer a porcaria do meu mapa astral pra ver se eu consigo tomar um rumo. Nem na igreja eu vou mais. Eu nem lembro quando eu rezei pela última vez. O fato é que meu pai cozinhava e ele era tão feliz, e minha mãe cozinha tão bem, e ela aprendeu com ele tudo que sabe hoje, e ela comprou milhares de coletâneas com receitas e mais receitas que eu fico dizendo 'puxa, eu tenho que fazer isso' e nunca faço, porque eu nunca termino nada, nada que eu faço. Até o meu blog eu abandonei. Eu escrevia todo dia no começo e agora, poxa. Eu escrevi na páscoa. NA PÁSCOA! Julho já tá acabando. Eu não paro de ler, eu resolvi que ia ler os livros do Clube da Leitura, já li:
  • Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë
  • Madame Bovary - Gustave Flaubert
  • O Guarani - José de Alencar
  • Cem Anos de Solidão - Gabriel García Marques
  • Crepúsculo - Stephenie Meyer
  • Brumas de Avalon - Marion Zimmer Bradley
  • Orgulho e Preconceito - Jane Austen
  • O Menino do Dedo Verde - Maurice Druon
  • Viagem ao Centro da Terra - Júlio Verne
  • A Marca de uma Lágrima - Pedro Bandeira
Na verdade não terminei Madame Bovary e estou lendo Cem Anos de Solidão, que não é lá essas coisas. Nove dos 37, contando com meio Bovary, meio Anos de Solidão. Emagreci cinco quilos em vinte dias e tô constantemente me achando com cara de doente. Eu quero fazer um bolo desdo meu aniversário de namoro, que, rá, eu passei no hospital com o pobre do Pedro segurando minha mão enquanto eu me recuperava da dose cavalar de anestesia que a vaca/santa da minha médica me deu. Vaca pela anestesia, santa pela ajuda. Ele segurou meu cabelo enquanto eu vomitava feito a Amy Winehouse depois de uma bebedeira, que Deus a tenha falando nisso, ao invés de ir ao cinema e comer um bolo confeitado. Acho que vou acabar casando com ele. Aliás, meu namoro é a única coisa que anda bem, além, por incrível que pareça, da minha relação com a Madrinha, que cuidou de mim como se fosse minha mãe, talvez até melhor que ela. Eu olho pra onde eu vim parar e não lembro como cheguei aqui. Enfim, eu já até esqueci porque eu comecei a escrever e a chorar feito uma doida na frente do computador; o fato é que eu não tô bem e só um bolo de chocolate ia me animar agora. E eu nem posso fazer um, porque tenho que ficar em repouso. Mas quando eu melhorar, eu vou fazer esse aqui. E vou comer só com meu tão dedicado e carinhoso (e ciumento) namorado, e tentar me desculpar por não ter tido condições de fazer antes, pra comemorar nosso dia.

 E não, eu não vou me dar um prazo pra fazer um monte de receitas. Eu tenho mais o que fazer, como me deprimir enrolada em um lençol o dia todo.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Páscoa.

Porra, odeio ficar doente. Especialmente em véspera de feriado. Mas é a vida. Fiz um monte de ovos de chocolate e o coitado do Pedro foi me ajudar. No fim, eu já tava quase desmaiando de cansaço. Ah, o Pedro foi pra Nova Russas comigo. Trancado, mas foi. Meu avô nem falou comigo direito, com a cara fechada. Tsc, tsc, sou uma rebelde promíscua agora. O Pedro achava que Nova Russas era uma cidade com uma igreja e umas casinhas de taipo em volta. Pobre coitado.
Nova Russas é uma cidade da região dos Sertões Cearenses, microrregião dos Sertões de Crateús. Desmembrada de Ipueiras em 1933, está a 240m de altitude, 299 Km distante de Fortaleza e em 2007 o IBGE estimava a sua população em 30.615 habitantes. Tem como padroeira Nossa Senhora das Graças. Faz divisa com Ipueiras, Ipu, Ipaporanga, Crateús, Catunda, Santa Quitéria, Ararendá e Poranga. Sua origens datam do final do século XVIII, dos sítios Curtume e Olho D'Água Grande, onde a linha férrea Sobral-Crateús instalou Estação de passageiros e cargas em 1910. Tornou-se vila em 1922 e foi elevada à categoria de Município, mantendo o nome atual, em 1938. Antes, pertencia ao município de Ipueiras, do qual se desmembrou em definitivo. O marco inicial do atual Município de Nova Russas foi a fazenda "Curtume", de propriedade de Manuel Peixoto. Em 1876, Manuel Peixoto doou terra para a construção de uma capela em homenagem à Nossa Senhora das Graças, tendo o vigário de Tamboril, um padre natural do povoado de São Sebastião de Russas, supervisionando as obras e dando ao lugar o nome de Nova Russas, numa alusão ao seu torrão natal. Após 1910, com a passagem da estrada de ferro e a inauguração da estação local, o povoamento tomou um maior surto de desenvolvimento. A paróquia de Nova Russas, devota de Nossa Senhora das Graças, foi criada por ato do Bispo Dom José Tupinambá da Frota, no dia 15 de agosto de 1937, sendo seu primeiro vigário o Padre Francisco Ferreira de Morais. Tem como destritos Canindezinho, Major Simplício, Nova Betânia e São Pedro. Tem uma área de aproximadamente 741,4km². Seus acidentes geográficos são os rios Acaraú, Diamante, Coronel Feitosa; os riachos Coroa Brava, Gurguésia, Curtume, Coronel Feitosa, Gurguéia, Pau Branco; e a Serra da Ibiapaba. Sua média pluviométrica tem média anual de 851mm. É conhecida como a capital nacional do crochê e seus principais eventos são o Carnaval e a Festa da Padroeira, que ocorre de 5 a 15 de agosto, todos os anos.
Apos uns 40 minutos dando uma volta de carro rápida na cidade, acho que ele percebeu que NR não é um buraco. Até porque está acima do nível do mar. A gente foi aos Ferreiros, a fazendo do meu avô. Mostrei minhas duas vaquinhas charmosas e o açude pequeno. Uma pena o caminho pras mangueiras e pro açude grande estar horrível pra passar de carro, por causa das chuvas. Mas tava tudo verdinho e bonito, e ele até quicou umas pedrinhas no açudinho.

Foi ótimo. Foi lindo. E teve muuuuuuuuuuuuito chocolate!


Quando chegamos de viagem, eu cheguei passando mal. Mas tinha a peça pra apresentar no Grupo, e, por favor, né?, era a primeira peça que eu coordenava, eu TINHA que estar lá. O Pedro foi comigo ao Grupo (tadinho do rockeiro; o amor é tão forte...) e viu minha peça. Depois a gente voltou pra casa, comemos um pedaço do nosso ovo de páscoa, cochilamos e ele foi embora. O pai dele adorou o ovinho branco com um bigode de chocolate meio amargo. xP

Enfim, tô com sensação de dever cumprido. Mas agora é voltar pra realidade e fazer os milhões de trabalhos que os professores passam, afemaria, pensam que a gente é um bando de desocupados, que não temos mais nada pra fazer...

terça-feira, 5 de abril de 2011

Eu voltei a voar.

Comecei essa postagem dia 28 de março, mas só pude concluí-la agora.

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Eu fui nesse fim de semana a uma viagem que mudou muita coisa em mim. Muita coisa mesmo. Sabe, eu fui com a Cindy e o Ed, que são duas pessoas que eu sinceramente adoraria morar junto. Os C.A.s de todos os cursos e campi (pelo menos em teoria) se reuniram numa fazenda experimental na UFC em Pentecoste. Eu perdi o aniversário da Raquel, prima do Pedro, perdi o grupo - que eu não podia faltar MESMO - e a missa. Mas não me arrependo nada, sabe?

Ficamos numa suíte os CAs da gastronomia e da química, ou seja, só conhecidos limpinhos, engraçados e companheiros. E sem tanta putaria, como nas outras suítes. Chegamos na sexta, quase à meia noite. Lanchamos, nos reunimos (em segredo, hihi, somos oposição... PROPOSIÇÃO) no quarto da putaria (não me faça dizer o porquê desse apelido) e eu fui jogar sinuca com algumas pessoas do campus de Sobral. As pessoas foram saindo, saindo... até que eu virei a noite jogando com o Alan. A gente viu o nascer do sol, junto com os macon... quer dizer, com outros colegas não muito ajuizados.

No dia seguinte, ou no mesmo, sei lá, eu dormi até 12h e fui almoçar. Depois eu fui à reunião de planejamento. À noite, mais reunião, sobre os problemas dos campi separadamente. Demorou pra caramba, nossa, nunca pensei que tivéssemos tantos problemas! Quando acabou, mais de meia noite, a gente simplesmente saiu e foi até uma capelinha, beber, conversar, rir alto e cantar. Do lado de fora da capela, não sei se ficou claro. Acabei virando a noite de novo, com o Alan novamente. Meu Deus, ele é muito paciente. Eu descobri que sou uma bêbada chata. HUAHAUHAHUAHU' Mas jogo sinuca melhor quando bebo. Mas não vou beber de novo, definitivamente não nasci pra isso.

Ouvi muito Zeca Baleiro. Tô meio que viciada. Toda vez que eu ouvir Azulejo eu vou me lembrar de um dos melhores fins de semana da minha vida. Não só pela bagunça e pela sinuca. Mas pelas pessoas que eu conheci, os novos amigos que fiz, o intercâmbio incrível de ideias e de projetos, a paixão inesperada pela luta estudantil, meu Deus. É estranho perceber que eu pensava que movimento estudantil se resumia a Cara Pintadas / Ditadura. Ainda tenho pelo que lutar, pelos meus direitos, pelos meus deveres, por mim, por meus colegas. Nossa, eu voltei a ser revolucionária! Pybore, eu voltei a ter meus olhos brilhando! Eu voltei à revolução, à nossa revolução! E sempre que eu lembrar desse fim de semana eu vou ouvir Al Otro Lado Del Rio como trilha sonora.

Aqui, uns versos nostálgicos da Jak, do CA de Psicologia de Sobral, que falam muito sobre o fim de semana. Em seguida, meus futuros colegas de casa. Ah, amo muito vocês. (e o cachorro não vai, nem adianta.)

Nos conhecemos, olhares trocados
sorrisos soltos, vozes susurradas
(...)
Hora de partir, uma angústia no peito
semanas pensando no que aconteceu
saudade (...)


terça-feira, 29 de março de 2011

Meu melhor conselheiro.

Dalila says:
 
O QUE EU FAAAAAAAAAÇO?

Álefe says:

kkk
meu amor... c eh nova ta cedo pensar nisso ainda
pense em ser feliz e fazer oq c sente vontade sem pensar muitos nos outros
na minha opiniao essa eh a culpa q eu n consigo conviver
a d n ter vivido
sacou?

Dalila Rodrigues says:

own, Álefe.
eu te amo tanto.
porra,
muito mesmo.
queria te abraçar agora. ♥

Eu sempre hesitei em falar de você aqui porque nossos namorados são ciumentos (rs) e provavelmente eles iam pensar besteira, mas eu amo muito você, véi. Tu é um amigo que não se acha em qualquer esquina. E eu não me importo com o que dizem, essa amizade é verdadeira. Obrigada por me ouvir sempre. De verdade.

(Se você quiser eu apago isso depois, você é meu moderador. Eu só não podia te ignorar mais tempo.)
 

quarta-feira, 16 de março de 2011

21 de novembro de 2010.

Eu sempre, sempre, sempre vou achar essa postagem da Morg a mais linda de todas, por mais que todos os dias ela faça mais e mais postagens lindas. A do dia 21 de novembro do ano passado é minha preferida, pra sempre.

Então, eu tava aqui, lendo blogs alheios, inclusive esse, e ouvindo uma música do Ney Matogrosso (anh?) que nem dele é, mas ele canta, e de repente eu chorei. Sabe, eu não tô tão bem. Eu tava conversando ontem com o Conde e passou um amigo nosso e me perguntou 'tudo bem?' e eu disse 'tudo, amor', mas não tá, entende? Eu disse ao Conde que eu queria aprender a falar como ele 'não, não tá tudo bem', simplesmente porque não está.

Conversar com ele me anima, principalmente porque ele é muito desanimado, então eu sempre acabo me sentindo a pessoa mais feliz do mundo. E, mesmo quando eu não me sinto assim, ele entende meus momentos depressivos. É tão bom alguém que entende o que você sente, né? Acho que é como eu me sinto quando eu leio o blog da Morg. As palavras dela tocam a gente, é incrível. Parece que ela escreve o que eu estou pensando e sentindo.

Eu amo meu namorado, e ele é meu melhor amigo. Mas ouvindo o Ney, a música 'Poema', eu percebi que tô perdendo alguma coisa. Não sei o quê exatamente, mas é alguma coisa importante. Tem um eco no telefone quando a gente conversa, tem uma hesitação que não tinha, que nunca teve.  Ele me dá tanto carinho, tanto aconchego, mas. Mas. Ele não entende meus problemas, ele não os vive. Ele me apoia, mas não entende. Percebem a diferença? E eu sei que ele fica mal por mim, que ele choraria comigo se pudesse. Porque é isso que namorados fazem, bem como os amigos. Mas meus problemas não se resolvem, pelo menos não podem se resolver até o ano que vem. E tá ficando repetitivo. Eu fico até com vergonha de falar mais uma vez as mesmas coisas. É como se eu pecasse a mesma coisa todo dia e fosse me confessar todo dia com o mesmo padre. A gente começa a achar que tá enchendo o saco, sabe? E eu sei que tá.

Por isso é bom ter um amigo depressivo pra conversar às vezes. Ou ter um blog nostálgico pra ler. Assim eu não encho o saco dele, e ele pode falar dos problemas dele pra mim.

Ah, eu sinto falta do tempo que eu achava que ele tinha resolvido meus problemas. Não 'resolvido', mas amenizado. Porque ele tava lá, comigo. Ele ainda está, mas eu não sei se eu quero estar com ele, é muito pesado pra ele. Sabe, meu corpo já cansou de carregar meu coração; mas eu não quero cansar o Pedro também. Eu tenho tão pouco tempo com ele, não gosto de chorar, mas eu choro. E ele fica 'ah, chorona, calma, eu tô aqui'. Eu sei, amor. Eu sei.

Esse é o problema.

Poema.

Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo

Hoje eu acordei com medo, mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim

De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

2010.

Eu tive um ano diferente, com sensações diferentes e demorou tanto pra finalmente reunir meus pensamentos que só agora, no fim de fevereiro, eu vou conseguir falar sobre ele.

Resumindo tudo, eu comecei um namoro destrutivo, terminei esse namoro, quase terminei o namoro de outras pessoas, fui envolvida em uma história ridícula da ex-namorada de outra pessoa, envolvi outras pessoas na história, entrei em depressão, vi o melhor festival FB da minha vida, me envolvi rapidamente com um cetácio, revivi um relacionamento divertido, voltei a me deprimir, perdi uma das maiores amizades que eu já fiz, fiz novas e boas amizades, vi gente se apaixonar por mim sem poder corresponder, comecei a participar mais ativamente do meu grupo de jovens, me afastei oficialmente de todos os meus amigos do FB, renovei uma amizade que eu nem sabia que tinha, voltei a ver meus meninos, comecei a namorar aquele que eu sempre quis, comecei as aulas práticas da Gastronomia, voltei a ver meus amigos, meu avô ficou doente, comecei a estudar italiano, parei um tempo de escrever aqui, me acostumei com minha nova rotina, aprendi a pegar mais ônibus, desisti de uma cadeira opcional, continuei amando o Professor Paulo, entrei pro CA da Gastronomia, fui convidada a ser a nova coordenadora do teatro do meu grupo de oração, passei o natal com uma carioca problemática e o primeiro reveillón da minha vida sem ninguém da minha família por perto, mas com uma nova família que, de certa forma, parece mais comigo.

Foi isso, enfim. Esse ano tem prometido mais mudanças que eu posso prever. Por enqunto, não posso falar muita coisa, mas... Bem. Mais cedo ou mais tarde, todos vão saber.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Então, Charlie Brown,

...o que é amor pra você?

- Em 1987 meu pai tinha um carro azul.

- Mas o que isso tem a ver com amor?

- Bom, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir.

...acho que isso é amor.
 

-> pessoa apaixonada detected.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Castelo em Construção.

Era uma vez, uma princesa retardada. Ela conheceu um príncipe e se apaixonou por ele. Tentou construir um castelo pros dois viverem felizes para sempre, mas o castelo não tinha alicerce e desmoronou. Desolada, a princesa retardada saiu correndo e fugiu pelos campos pra tentar esquecer sua desilusão.

Um belo cavaleiro passou e ela pediu carona. A companhia do jovem cavaleiro era maravilhosa, mas ele a amava e a princesa retardada ainda chorava pelo belo príncipe. Pedindo desculpas, desceu do seu cavalo branco e seguiu sozinha.

Pouco tempo depois um outro cavaleiro passou por ela e a puxou para si. Ele a derrubava e a machucava com frequencia, mas a princesa retardada queria companhia de um amigo. Ela tornou várias vezes a subir em sua cela, e todas as vezes se machucou. Ferida e cansada, finalmente a princesa retardada pode perceber que ela acabaria morrendo daquele jeito, e voltou a seguir sozinha.

A Princesa Retardada mal podia andar. Sentia cada vez mais falta de companhia, especialmente a do seu príncipe. Eis que um nobre garboso a vê e se compadece. Ele cuida de suas feridas e lhe faz companhia. Ela tenta amar o nobre, mas tudo que há entre eles é a mais pura amizade e gratidão. Recuperada dos traumas que sofreu, ela pôde deixar o nobre seguir sua vida e achar uma princesa que o amasse verdadeiramente e pôde, ainda, seguir em frente.

A princesa prosseguiu sozinha por tanto tempo que atravessou o mundo e voltou ao ponto em que partiu, no seu castelo em ruínas. Sentiu medo de ir até lá, mas conseguiu entrar no palácio. E, para sua surpresa, o príncipe estava lá, esperando que ela o perdoasse por tanto tempo de omissão.

Os dois riram juntos e se abraçaram longamente. Nesse momento, estão tentando fazer uma base sólida antes de fazer castelos mirabolantes e de saírem correndo novamente. Eles estão sendo felizes, um dia de cada vez, em seu castelo em construção.

Fim.

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Por que algo me diz que eu vou contar essa história para os meus filhos um dia?

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sábado, 15 de janeiro de 2011

a primeira do ano.

Um monte de confusão, na família velha e na nova. Mas família a gente não escolhe.

 

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