'Eu gosto de viver. Já me senti ferozmente, desesperadamente, agudamente infeliz, dilacerada pelo sofrimento, mas através de tudo ainda sei, com absoluta certeza, que estar viva é sensacional.'

Agatha Christie.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Páscoa.

Porra, odeio ficar doente. Especialmente em véspera de feriado. Mas é a vida. Fiz um monte de ovos de chocolate e o coitado do Pedro foi me ajudar. No fim, eu já tava quase desmaiando de cansaço. Ah, o Pedro foi pra Nova Russas comigo. Trancado, mas foi. Meu avô nem falou comigo direito, com a cara fechada. Tsc, tsc, sou uma rebelde promíscua agora. O Pedro achava que Nova Russas era uma cidade com uma igreja e umas casinhas de taipo em volta. Pobre coitado.
Nova Russas é uma cidade da região dos Sertões Cearenses, microrregião dos Sertões de Crateús. Desmembrada de Ipueiras em 1933, está a 240m de altitude, 299 Km distante de Fortaleza e em 2007 o IBGE estimava a sua população em 30.615 habitantes. Tem como padroeira Nossa Senhora das Graças. Faz divisa com Ipueiras, Ipu, Ipaporanga, Crateús, Catunda, Santa Quitéria, Ararendá e Poranga. Sua origens datam do final do século XVIII, dos sítios Curtume e Olho D'Água Grande, onde a linha férrea Sobral-Crateús instalou Estação de passageiros e cargas em 1910. Tornou-se vila em 1922 e foi elevada à categoria de Município, mantendo o nome atual, em 1938. Antes, pertencia ao município de Ipueiras, do qual se desmembrou em definitivo. O marco inicial do atual Município de Nova Russas foi a fazenda "Curtume", de propriedade de Manuel Peixoto. Em 1876, Manuel Peixoto doou terra para a construção de uma capela em homenagem à Nossa Senhora das Graças, tendo o vigário de Tamboril, um padre natural do povoado de São Sebastião de Russas, supervisionando as obras e dando ao lugar o nome de Nova Russas, numa alusão ao seu torrão natal. Após 1910, com a passagem da estrada de ferro e a inauguração da estação local, o povoamento tomou um maior surto de desenvolvimento. A paróquia de Nova Russas, devota de Nossa Senhora das Graças, foi criada por ato do Bispo Dom José Tupinambá da Frota, no dia 15 de agosto de 1937, sendo seu primeiro vigário o Padre Francisco Ferreira de Morais. Tem como destritos Canindezinho, Major Simplício, Nova Betânia e São Pedro. Tem uma área de aproximadamente 741,4km². Seus acidentes geográficos são os rios Acaraú, Diamante, Coronel Feitosa; os riachos Coroa Brava, Gurguésia, Curtume, Coronel Feitosa, Gurguéia, Pau Branco; e a Serra da Ibiapaba. Sua média pluviométrica tem média anual de 851mm. É conhecida como a capital nacional do crochê e seus principais eventos são o Carnaval e a Festa da Padroeira, que ocorre de 5 a 15 de agosto, todos os anos.
Apos uns 40 minutos dando uma volta de carro rápida na cidade, acho que ele percebeu que NR não é um buraco. Até porque está acima do nível do mar. A gente foi aos Ferreiros, a fazendo do meu avô. Mostrei minhas duas vaquinhas charmosas e o açude pequeno. Uma pena o caminho pras mangueiras e pro açude grande estar horrível pra passar de carro, por causa das chuvas. Mas tava tudo verdinho e bonito, e ele até quicou umas pedrinhas no açudinho.

Foi ótimo. Foi lindo. E teve muuuuuuuuuuuuito chocolate!


Quando chegamos de viagem, eu cheguei passando mal. Mas tinha a peça pra apresentar no Grupo, e, por favor, né?, era a primeira peça que eu coordenava, eu TINHA que estar lá. O Pedro foi comigo ao Grupo (tadinho do rockeiro; o amor é tão forte...) e viu minha peça. Depois a gente voltou pra casa, comemos um pedaço do nosso ovo de páscoa, cochilamos e ele foi embora. O pai dele adorou o ovinho branco com um bigode de chocolate meio amargo. xP

Enfim, tô com sensação de dever cumprido. Mas agora é voltar pra realidade e fazer os milhões de trabalhos que os professores passam, afemaria, pensam que a gente é um bando de desocupados, que não temos mais nada pra fazer...

terça-feira, 5 de abril de 2011

Eu voltei a voar.

Comecei essa postagem dia 28 de março, mas só pude concluí-la agora.

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Eu fui nesse fim de semana a uma viagem que mudou muita coisa em mim. Muita coisa mesmo. Sabe, eu fui com a Cindy e o Ed, que são duas pessoas que eu sinceramente adoraria morar junto. Os C.A.s de todos os cursos e campi (pelo menos em teoria) se reuniram numa fazenda experimental na UFC em Pentecoste. Eu perdi o aniversário da Raquel, prima do Pedro, perdi o grupo - que eu não podia faltar MESMO - e a missa. Mas não me arrependo nada, sabe?

Ficamos numa suíte os CAs da gastronomia e da química, ou seja, só conhecidos limpinhos, engraçados e companheiros. E sem tanta putaria, como nas outras suítes. Chegamos na sexta, quase à meia noite. Lanchamos, nos reunimos (em segredo, hihi, somos oposição... PROPOSIÇÃO) no quarto da putaria (não me faça dizer o porquê desse apelido) e eu fui jogar sinuca com algumas pessoas do campus de Sobral. As pessoas foram saindo, saindo... até que eu virei a noite jogando com o Alan. A gente viu o nascer do sol, junto com os macon... quer dizer, com outros colegas não muito ajuizados.

No dia seguinte, ou no mesmo, sei lá, eu dormi até 12h e fui almoçar. Depois eu fui à reunião de planejamento. À noite, mais reunião, sobre os problemas dos campi separadamente. Demorou pra caramba, nossa, nunca pensei que tivéssemos tantos problemas! Quando acabou, mais de meia noite, a gente simplesmente saiu e foi até uma capelinha, beber, conversar, rir alto e cantar. Do lado de fora da capela, não sei se ficou claro. Acabei virando a noite de novo, com o Alan novamente. Meu Deus, ele é muito paciente. Eu descobri que sou uma bêbada chata. HUAHAUHAHUAHU' Mas jogo sinuca melhor quando bebo. Mas não vou beber de novo, definitivamente não nasci pra isso.

Ouvi muito Zeca Baleiro. Tô meio que viciada. Toda vez que eu ouvir Azulejo eu vou me lembrar de um dos melhores fins de semana da minha vida. Não só pela bagunça e pela sinuca. Mas pelas pessoas que eu conheci, os novos amigos que fiz, o intercâmbio incrível de ideias e de projetos, a paixão inesperada pela luta estudantil, meu Deus. É estranho perceber que eu pensava que movimento estudantil se resumia a Cara Pintadas / Ditadura. Ainda tenho pelo que lutar, pelos meus direitos, pelos meus deveres, por mim, por meus colegas. Nossa, eu voltei a ser revolucionária! Pybore, eu voltei a ter meus olhos brilhando! Eu voltei à revolução, à nossa revolução! E sempre que eu lembrar desse fim de semana eu vou ouvir Al Otro Lado Del Rio como trilha sonora.

Aqui, uns versos nostálgicos da Jak, do CA de Psicologia de Sobral, que falam muito sobre o fim de semana. Em seguida, meus futuros colegas de casa. Ah, amo muito vocês. (e o cachorro não vai, nem adianta.)

Nos conhecemos, olhares trocados
sorrisos soltos, vozes susurradas
(...)
Hora de partir, uma angústia no peito
semanas pensando no que aconteceu
saudade (...)


 

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